quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Sol e lua aos 35




Ela era bruxa e ele sabia. 
Só não desconfiava que ela juntaria sol e lua no seu aniversário de 35.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Céu para todos os animais.



Criança ainda, não entendia porque os bichinhos de estimação morriam. E na minha primeira perda sentimental – o falecimento do gato Miele – e todo sofrimento da separação repentina – ele morreu envenenado – mainha falou do “céu dos gatos”. Entre as lágrimas e o luto que se estabelecia ali, com a morte de Miele, nascia uma “tradição”, a partir daquele momento estava instituído o céu para todos os animais. 

Ainda hoje, décadas depois, esse céu nunca fez tanto sentido. Mieles, Milenos, Marinas, Ritinhos, Ninos, Dagos, Marias e etc estão todos à brincarem nos seus “ceús” sobre o olhar atento e risonho de Francisco de Assis.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Da luta não me retiro!

Com todos os defeitos que existe no filme "Lincoln". Com toda a tentativa de transforma-lo em "Herói" de uma nação. Com toda a importância que ele teve no fim da escravidão nos EUA... Parece atemporal e a-histórico um Trump na presidência dos EUA! Nunca me senti como parte desse mundo. Sempre achei que faltava/falta algo para que ele faça sentido. E mais uma vez a "humanidade" consegue me surpreender negativamente... O mundo (EUA, Brasil, Argentina, etc) assisti passivamente - com raras exceções - o ressurgimento de uma tsunami "ultra-conservador-de-direita". Nós da esquerda, mal conseguimos falar a mesma língua! Será que só eu percebo isso? Cadê os meus pares? Me sinto acuada! E como mulher de personalidade que sou, que não nasceu para ficar calada, prefiro me atirar a espada - fazendo clara alusão a Elis Regina!
E agora passa pela minha cabeça dezenas de livros, musicas, conversas que tive, e a única certeza que fica? Como as coisas estão não podem perdurar por mais tempo.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

"E a saudade no coração.."



E sempre fui movida a música.
Tenho musica para todos os momentos da vida e as mais diversas ocasiões. 
Gonzaguinha existe pra mim com cheiro de coisa boa... 
De amor e saudade.
Mas é o bom e velho Gonzagão que tem músicas da parte mais amada da minha infância na casa do meu avô..
E com o pensamento nele lembro da música..

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Crônicas de uma quinta qualquer.





Na década de noventa quando Adriana Calcanhotto lançou essa música o meu país passava por um dos momentos mais críticos pós- redemocratização da sociedade. Ela foi/é bastante significativa de uma realidade – naquele momento -, que vejo se repetir hoje. E mais uma vez com a mesma impotência. 

Naquele tempo de uma criança no interior de uma cidade nordestina, que nem sabia ao certo o que era “cores de Frida Kahlo”, mas que entendia perfeitamente o que se passava pelo “aperreio” da minha família.

Uma menina completamente inocente da realidade mais dura e cruel que assolava uma parcela significativa da população, e que em breve também nos faria de vitimas. Mas uma menina que tinha sonhos e que tinha esperanças.

Engraçado com a música tem essa capacidade de transportar as pessoas a tempos que pareciam esquecidos e nos fazem (re)viver momentos com a mesma intensidade de outrora.

E a pior ironia é ver os 13 anos de esperança construídos a duras penas desmoronando em poucas canetadas e um grupo de patifes com consentimento de alienados...

É..  Aquela menina cresceu. A música continua tocando... E essa mulher hoje sabe quem é Frida, Almadôvar... Continua sem entender a presa dos carros, das crianças.. Continua chorando ao telefone..  Continua “vendo doer a fome nos meninos que têm fome”.. E todos os dias se pergunta: “Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço? Meu amor cadê você? Eu acordei... Não tem ninguém ao lado”

(Ana Elizabete Moreira de Farias)

sábado, 1 de outubro de 2016

.S.a.u.d.a.d.e.


E hoje tá dificil respirar!
Tudo me lembra você e eu nem sei o seu rosto...
Lágrimas aos montes.. E aquela vontade de estar em teus braços.
Quando você chegará?
Estou ficando sem esperanças...